A Cnova – braço de comércio eletrônico do grupo francês Casino, que reúne sites de redes como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra – informou recuo de 15% no prejuízo do primeiro trimestre, para 41,3 milhões de euros, na comparação anual.
A companhia indicou que a melhora no resultado em relação ao ano passado foi beneficiado pelo lucro operacional antes de juros e impostos (Ebit operacional) de 2 milhões de euros nos negócios franceses, contra 8 milhões de euros de Ebit operacional negativo no país europeu no mesmo período em 2015.
De janeiro a março deste ano, o Ebit operacional no Brasil voltou a ser negativo, em 27 milhões de euros, alta de 28,6%.
O prejuízo operacional foi de 49 milhões de euros no intervalo, avanço de 6,5%, afetado por 10 milhões de euros em custos relacionados a revisões internas no Brasil — por conta de desvios de mercadorias.
Como já havia informado no dia 12, a companhia registrou vendas líquidas de 741,6 milhões de euros no primeiro trimestre, queda de 17% na comparação com mesmo período do ano passado.
No Brasil, as vendas registraram recuo significativo, de 43,8% de janeiro a março, para 273,7 milhões de euros.
Desvios
A Cnova também informou uma atualização no processo de investigação de desvios de mercadorias da companhia no Brasil. Após a revisão, a varejista elevou em 23,7% o impacto negativo total no Ebit operacional, para R$ 219 milhões.
Segundo a companhia, o ajuste ocorreu, principalmente, “devido a erros de informação não intencionais relacionados aos itens devolvidos em trânsito, bem como seus custos de envio”.
Em fevereiro, a Cnova detalhou que os desvios ocorriam nas operações de troca de produto, em que a mercadoria devolvida pelos clientes não retornava aos estoques.
A empresa também informou no comunicado de hoje que foram recentemente encontradas novas questões relacionadas a ativos intangíveis e despesas operacionais indevidamente diferidas.
No entanto, segundo a Cnova, ainda não é possível avaliar o impacto dessas questões nos resultados de 2015 e de período anteriores, e se os números do primeiro trimestre de 2016 também serão atingidos. A companhia pretende arquivar o balanço de 2015 com as informações corrigidas por conta dos desvios até junho deste ano.