Prática, que surgiu com a pandemia, já se tornou parte das estratégias do faturamento dos principais varejistas do país
Por Bruno Benetti
Uma das tendências aceleradas pela pandemia é a compra online de produtos de supermercado através de aplicativos de celular ou sites. A prática se tornou parte das estratégias do faturamento dos principais varejistas do país.
De acordo com números da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), 44% dos supermercadistas realizam as vendas através do WhatsApp e 36% operam por e-commerce.
De acordo com o ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados, páginas 182 e 183) a região Sul, onde fica Santa Catarina, está na segunda posição em participação de faturamento na receita com 25,5%, apenas atrás da região Sudeste com 53,2%, que corresponde a mais da metade da receita informada pelas empresas que participam do ranking.
As empresas do Sul do país somaram R$ 107,4 bilhões em faturamento em 2021. Segundo a classificação do último ano, Santa Catarina ocupa a quinta posição no ranking de participação e receitas por Estado com quase R$ 31 bilhões e 599 lojas, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Há cerca de um ano e meio, a jornalista Celina Sales ficou sem carro para ir ao mercado e decidiu tentar comprar por aplicativos. “Percebi como era mais fácil e cômodo não precisar ir ao supermercado para realizar as compras”, disse.
Praticidade e mesmo preço
Segundo ela, a praticidade e o fato dos preços serem praticamente os mesmos de quando fazia compras presencialmente, a motivaram a começar a comprar online.
A jornalista aponta que a pandemia contribuiu para uma mudança comportamental das pessoas que decidem comprar online por aplicativos de mercado e que a essa prática possibilitou otimizar o tempo e permite realizar outras atividades em casa.
“A pandemia nos mostrou que é possível realizar uma quantidade maior de tarefas sem sair de casa, otimizando o tempo e dando oportunidade de realizar outras atividades. Como eu não saio para ir ao mercado, posso realizar outras tarefas em casa, ou mesmo na rua”.
Cupons de desconto
Sales destaca que o aplicativo que utiliza para compras tem descontos exclusivos para quem faz compras nessa modalidade e que ainda economizam tempo e combustível.
“Além de não precisar ir, às vezes, as compras ainda saem mais baratas”. E completa: “como tempo vale ouro, na questão de economia de tempo e combustível (para quem precisa ir de carro ao mercado), não há como mensurar”.
Não gastar tempo em filas
A analista de educação a distância Paula Dobkowski costuma utilizar o aplicativo IFood há sete meses para fazer as compras.
Para ela, o que mais motivou para começar a comprar online foi não gastar tempo com filas, deslocamento e também evitar lugares cheios.
Ela destaca o uso do celular para fazer compras por aplicativo. “Utilizar um smartphone para fazer as compras economiza tempo e pode fazer a qualquer momento”, aponta.
Paula Dobkowski diz que em vários casos o valor no aplicativo é diferente e na maioria das vezes superior ao de um estabelecimento físico, mas o atrativo é a questão dos cupons e descontos no fim da compra.
Quanto aos itens, Dobkowski diz que os produtos solicitados sempre vieram corretamente, mas indica que há um campo aberto para reclamações e até possíveis trocas.
E-commerce através do site ou aplicativo
A assessora de imprensa e relações públicas, Giuliana de Farias, faz compras de mercado pelo site desde janeiro deste ano. Ela conta que já recebia a newsletter do mercado e já sabia do serviço de delivery do supermercado e teve curiosidade de comprar online. Quando começou, ela não parou mais.
“Tinha curiosidade, mas também gostava de fazer aquela compra do mês na loja, comparando preços e marcas. Após o incêndio da loja do Campeche, experimentei, e foi um caminho sem volta. Pela praticidade e conforto, principalmente”.
Giuliana de Farias conta que faz as compras no fim de semana, ou à noite, e recebe no dia seguinte e isso faz com que seu tempo seja valorizado, apesar da taxa cobrada de 5%, e frete grátis, dependendo do valor da compra.
“Colocando na ponta do lápis o tempo no trânsito, no mercado, no caixa, e ainda ter que carregar as compras, colocar no balcão, no carro, acaba que 5% é pouco pela praticidade, comodidade e conforto”, aponta.
A assessora de imprensa destaca que não há diferenças de preço para quem compra pelo site.
Fonte: ND Mais