Para os mais otimistas, uma revolução. Aos pessimistas, o apocalipse. Seja como for, o varejo está passando por mudanças. Redes como Sears, J. Crew, Claire, J.C. Penney e Macy’s estão lutando constantemente pela sobrevivência. Alguns varejistas norte-americanos, como H.H. Gregg, Wet Seal e Gander Mountain desapareceram, entraram em falência ou trouxeram investidores externos para salvar algumas de suas lojas.
A maioria credita essas falhas à ascensão da internet. Esse é certamente um motivo pelo qual muitos varejistas caíram, mas nem todos. Alguns se provaram imune à concorrência da Internet, enquanto outros se ajustaram e encontraram uma maneira de competir. Visão de Nova Economia, visão de empresas com capacidade de se manterem no páreo por ainda muito tempo.
Fato é que a tecnologia tem desafiado modelos de negócios estabelecidos. As boas práticas de gestão e governança são importantes, mas não aceleram mudanças disruptivas. Existe um novo ecossistema de inovação que quer tomar o mercado dos incumbentes. Como juntar forças e se beneficiar dessa conexão, visando tanto a inovação radical, quanto a inovação incremental? Separamos três varejistas que estão fazendo um bom trabalho diante dessas mudanças:
Costco
Embora a Costco nunca tenha gerado um crescimento explosivo, ela está sempre caminhando para frente. A rede tem crescido consistentemente sua base de usuários e não deixa de inaugurar 25 lojas físicas por ano. Em seu trimestre mais recente, a empresa observou um crescimento de 6% de vendas comparáveis nos Estados Unidos e 5% em todo o mundo. Nos três primeiros trimestres do ano fiscal de 2017, a varejista registrou crescimento de 3% nos EUA e globalmente. Até agora, o modus operandi da empresa é o mesmo, conferindo previsibilidade confiável. O importante aqui é que a Costco tem um potencial de crescimento gigantesco, a partir do momento que convergir as tecnologias em prol de seus consumidores.
Walmart
A varejista está melhor do que nunca e esmagou as estimativas de Wall Street no relatório de ganhos do último trimestre: registrou seu melhor crescimento de vendas em mais de oito anos. Sua receita teve um aumento de 50% em relação ao ano passado, graças aos intensivos esforços em escalar a plataforma de e-commerce da companhia, com a compra e parceria com diversas startups. O varejista ganhou um ajuste de US$ 1 por ação, superando os US$ 0,98 projetados por Wall Street. A receita chegou a US$ 123,1 bilhões, ultrapassando os US$ 121 bilhões esperados. As vendas de lojas comparáveis nos Estados Unidos subiram 2,7% em relação ao ano anterior, obtendo o 13º trimestre consecutivo de resultados positivos.
Best Buy
Essa talvez seja a empresa mais surpreendente nessa lista. Em um determinado, a rede estava as traças. Foi taxada como showroom, onde os consumidores iam para ver a mercadoria e depois compravam online de outro lugar. O CEO Hubert Joly trouxe a empresa de volta ao panteão, reorientando suas lojas e reduzindo agressivamente os custos.
“Estamos entusiasmados com nossas oportunidades e com a estratégia que estamos buscando”, afirmou Joly no relatório de resultados do primeiro trimestre de 2018. “Nós acreditamos que estamos posicionados de forma única para ajudar nossos clientes consistentemente, com combinação de ativos multicanal – incluindo nossas capacidades online, de lojas e internas”.
Fonte: Startse