COMÉRCIO. Desempenho de 2015 deve refletir nas vendas deste ano
MACEIÓ, SÁDADO
EDIÇÃO DE 02 DE JANEIRO DE 2016
São Paulo, SP As perspectivas não são das melhores para as empresas de varejo em 2016. As margens que já ficaram espremidas no ano passado devem ser ainda mais pressionadas nos próximos meses, em um ambiente de competição por preços agressivos e vendas fracas.
Nem os supermercados, conhecidos por serem mais resistentes a crises, têm escapado dessa lógica. Quando a venda cai, todo mundo abaixa o preço e isso afeta as margens: a competição tem sido muito mais acirrada, resume o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso. A entidade projeta uma expansão de vendas entre 0,5% e 1% em 2016, uma melhora ainda pouco expressiva ante queda de 1% em termos reais em 2015.
Há uma relação muito forte do comportamento do consumidor com a inflação, e, se ela se mantiver alta, esse comportamento (de priorizar marcas mais baratas) vai se fortalecer, diz a analista de mercado Paula Valadão.
Esse cenário deve afetar o desempenho do Grupo Pão de Açúcar (GPA). A despeito dos esforços da companhia de cortar custos e melhorar as vendas, não esperamos que os hipermercados e os supermercados da rede sejam capazes de proteger as margens nos níveis atuais devido à intensa competição, avaliou em relatório Marcel Moraes, do Deutsche Bank.
O presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, chegou a reconhecer que o varejo de alimentos do grupo deve sentir pressão na margem bruta Esse indicador já caiu 0,9 ponto porcentual no terceiro trimestre de 2015 ante igual período do ano anterior, ficando em 24%. A companhia espera compensar esse efeito com menos despesas administrativas, uma vez que o número de funcionários foi reduzido.
Gazeta de Alagoas on-line – AL