09/12/2015 às 05h00 Por Cibelle Bouças | De São Paulo Levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta piora nos níveis de confiança de empresários e consumidores no mês de dezembro. Em dezembro, o índice de confiança do empresário do comércio está estimado em 71,3 pontos, o que representa uma queda de 2% em relação a novembro e de 30% ante dezembro do ano passado. O índice de confiança do consumidor, por sua vez, fica em 85 pontos em dezembro, com queda de 0,6% em relação a novembro e queda de 24,8% sobre o último mês de 2014. No ano, o índice de confiança do empresariado fecha em queda de 23% e o índice de confiança do consumidor tem queda no ano de 20,1%. O índice de confiança varia de zero a 200 pontos, sendo que resultados abaixo de 100 mostram que há pessimismo em relação ao cenário de consumo para os meses seguintes. “Esses resultados indicam que os consumidores e empresários deixaram de acreditar no futuro. Em consequência, o consumidor vai comprar menos, o empresário vai formar menos estoques e investir menos”, avaliou Victor Augusto Meira França, assessor econômico da FecomercioSP. O pessimismo dos indicadores de confiança está em linha com a piora de indicadores macroeconômicos para 2016, como a perspectiva de queda de 3% no Produto Interno Bruto (PIB), inflação de 7%, queda de 5% no volume de crédito para pessoas físicas e retração de 3% na massa de rendimentos. Outro indicador da FecomercioSP que aponta um cenário negativo é o índice de expansão do comércio, que avalia perspectivas de contratação e investimento de empresários do varejo paulista. O índice em dezembro atingiu 67,8 pontos, o que representa uma queda de 1,5% ante novembro e de 26,2% sobre dezembro de 2014. No ano, a queda foi de 27,2%. “No início deste ano, o comércio ainda não tinha dimensão de que a economia iria piorar tanto. Houve um ajuste pesado neste ano, com fechamento de 46 mil vagas de trabalho. Mas a perspectiva é de um novo ajuste ainda forte no início de 2016”, afirmou França.
Valor Econômico – SP