Rio. O País registrou recuo no número de famílias inadimplentes e endividadas em novembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de consumidores com dívidas ou contas em atraso diminuiu de 23,1%, em outubro, para 22,7% em novembro. Segundo a CNC, a inadimplência não recuava desde fevereiro e foi puxada, desta vez, pela baixa renda.
Em relação ao endividamento, famílias com contas a pagar caiu de 62,1%, em outubro, para 61,0% em novembro, a segunda queda consecutiva. Já o total de consumidores que declarou que não terá condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso manteve-se estável, em 8,5%. Apesar da melhora geral, todos os indicadores ficaram acima do resultado de novembro de 2014, quando o porcentual de endividados estava em 59,2%; a fatia de inadimplentes era de 18,0%; e o total que declarava não ter condições de honrar os pagamentos era de 5,5%.
Inadimplência menor
A evolução favorável na passagem de outubro para novembro foi puxada pela baixa renda. Tanto a redução no endividamento quanto na inadimplência ocorreu na faixa que recebe até dez salários mínimos. No grupo que recebe acima disto, houve crescimento no porcentual de endividados e com contas em atraso.
A CNC ressaltou que existe um movimento sazonal nessa época do ano, junto com o adiantamento de parte do 13º salário. Quanto à piora ante 2014, a entidade culpa o aumento do custo do crédito e a retração do emprego e da renda dos consumidores.
Diário do Nordeste on-line – CE