O Tribanco, do grupo atacadista Martins, fechou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 27,2 milhões, o que representou expansão de 31,1%. O resultado veio com maior volume de crédito e avanço das receitas. Com os empréstimos atrelados ao financiamento de fornecedores e clientes do grupo, o banco tem conseguido enfrentar a crise. Além do nicho específico que inclui mais garantias, boa parte dos financiamentos está ligado ao segmento de alimentação, menos afetado pela desaceleração econômica.
No fim de junho, o saldo da carteira de crédito do banco somava R$ 1,488 bilhão, com expansão de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o presidente do banco, João Rabello, diz que a instituição tem monitorado com atenção a desaceleração econômica e os indicadores de inadimplência, adotando postura conservadora. “Estamos na mesma toada dos grandes bancos, muito preocupados com o desemprego. Já efetivamos alguns ajustes no processo de concessão, considerando um aumento do desemprego”, disse.
Segundo Rabello, o banco está, por exemplo, ajustando limites de crédito de clientes que estão em regiões mais afetadas pela economia fraca e tentando acompanhar mais de perto a situação de cada cliente. Quase 70% dos créditos concedidos pelo banco são direcionados ao comércio, como supermercados e mercearias, que também são clientes do atacadista. Esses empréstimos foram os que mais cresceram nos últimos 12 meses, com expansão de 15,4%. Os empréstimos à indústria, que abrangem fornecedores do Grupo Martins, representam 12,5% da carteira, enquanto o financiamento à pessoa física, 18,5%.
Ao fim do primeiro semestre, o índice de atrasos acima de 90 dias estava em 6,7%, ante 6,8% em março e 7,2% em junho de 2014.
Valor Econômico – SP