31/07/2015 13:38
Por Daniela Fernandes
PARIS O Brasil vai bem, disse hoje, em Paris, Georges Plassat, presidente mundial do Carrefour, na
apresentação do balanço semestral do grupo francês. Não vejo em que a crise atual no Brasil seria um indício
muito mais desfavorável do que pudemos constatar na Europa, afirmou.
A crise no Brasil é mais de natureza política, disse o CEO do Carrefour.
Para Plassat, o país ainda precisa investir em infraestrutura, saúde e educação. São coisas difíceis, mas isso nos
leva a ter esperança em relação ao país. Ainda temos muito para fazer no Brasil, disse o presidente.
Segundo ele, a América do Sul também vai bem. No Brasil, as vendas do grupo francês cresceram 12,2% no
primeiro semestre e, na Argentina, 27%.
O lucro operacional do Carrefour na América Latina, de 296 milhões de euros, cresceu 20% no primeiro semestre
deste ano na comparação com igual período de 2014 (a taxas de câmbio constantes, o aumento foi de 26,3%).
Estou convencido de que a América do Sul continuará contribuindo sem falhas nas atividades do grupo nos
próximos cinco anos, disse Plassat.
Atacadão
O ritmo de abertura de lojas Atacadão no Brasil vai continuar acelerado, disse Plassat.
O CEO preferiu não dar detalhes sobre o número de novas lojas Atacadão (segmento que mistura atacado e varejo,
o atacarejo’) no país.
Plassat ressaltou que a rede de lojas de bairro também está sendo ampliada no Brasil e que a estratégia é de lojas
multiformatos (que vão de hipermercados a pequenas lojas de bairro).
O varejo no Brasil está em fase de modernização. Não é porque estamos presentes há muitos anos no país que a
modernização dos modelos de lojas está concluída, disse Plassat. Ainda temos muitas coisas para fazer no
Brasil, afirmou o CEO do Carrefour.
Valor Econômico on-line – SP