Por Adriana Silvestrini – adriana.silvestrini@sm.com.br – 29/07/2015
Mesmo com alta de 7,6% do segmento alimentar no segundo trimestre de 2015, a companhia fechou 19 lojas, sendo 13 minimercados Extra
A companhia está muito focada e preparada para vencer esse momento de dificuldade econômica do País. O lado bom da crise é que encontramos com facilidade terrenos e pontos para novas lojas, principalmente para o formato Minuto Pão de Açúcar. Até o fim do ano queremos ter 30 lojas Minuto, afirmou Ronaldo Iabrudi, presidente do GPA (Grupo Pão de Açúcar), durante teleconferência com acionistas na manhã desta quarta-feira (29/7) para apresentação dos resultados da varejista no segundo trimestre deste ano.
Conforme o Portal SM divulgou em 13/07, as vendas líquidas do segmento alimentar totalizaram R$ 9 bilhões no segundo trimestre de 2015. O crescimento foi de 7,6% sobre igual período do ano passado, ajustado pelo efeito calendário.
O crescimento no período foi influenciado pela abertura de 32 lojas (1 Extra, 24 Minimercado Extra, 7 Minuto Pão de Açúcar). Durante o segundo trimestre, contudo, foram fechadas 19 unidades (1 Pão de Açúcar, 3 Extra Supermercado, 13 Minimercados Extra, 1 Posto de Gasolina e 1 Drogaria).
Questionado sobre o número expressivo de fechamento de Minimercados Extra, Iabrudi respondeu que a situação é absolutamente normal. O fechamento dessas lojas de Minimercados faz parte do jogo. Você abre lojas e avalia se funciona bem. Se isso não acontecer, somos uma companhia muito racional e temos disciplina financeira. Então, depois de um tempo e de testes, se a loja não apresentar rentabilidade, nós fechamos. É absolutamente normal fazermos isso, principalmente num momento como esse que o País está passando, explica o presidente.
Redução de custos
Além do fechamento de lojas com altos custos operacionais e margem de contribuição negativa, durante o segundo trimestre deste ano, segundo relatório da varejista, uma série de medidas adicionais foram implementadas para adequar a estrutura de despesas da empresa. O objetivo era de reduzir a pressão inflacionária e promover uma maior diluição de despesas fixas.
Dentre essas medidas estão: adequação do headcount (termo referente ao número de pessoas que trabalham em uma empresa), com redução de aproximadamente 7 mil posições em lojas, além de montadores e pessoal de CDs e administrativo. No final de março a companhia contava com 158 mil funcionários e no final de junho diminuiu para 151 mil. Dessas 7 mil vagas reduzidas, cerca de 4.800 são da Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio).
Também foi realizada otimização de custos de ocupação: aluguéis, condomínios, contas públicas e serviços gerais; otimização dos investimentos em marketing; aprimoramento de roteirização, abastecimento de lojas e redução de horas extras nos CDs; melhorias de custos em contratos com terceiros, tais como segurança e manutenção.
Para o presidente do GPA não existe certeza do que vai acontecer no segundo semestre do ano por isso o período continua desafiador para a empresa. “Mas a perspectiva é de aumento de vendas e fluxo de clientes nas lojas”, finaliza Iabrudi.
Revista Supermercado Moderno online – SP