17/06/2015
É difícil driblar a recessão que atinge o país, mas o setor supermercadista de Santa Catarina está sendo menos afetado. Conforme o presidente da Acats, a Associação Catarinense de Supermercados, Atanázio dos Santos Netto, a projeção da entidade é fechar 2015 com crescimento real (excluída a inflação) de 3%. De janeiro a maio, o setor registrou expansão acumulada de 4,5%, mas no mês de maio a alta foi inferior à dos meses anteriores, por isso, a projeção menor.
O setor tem muita criatividade, iniciativa, trabalha com agilidade para melhorar resultados. Além disso, Santa Catarina é um dos Estados com melhor nível de emprego. Apesar disso, a gente considera que 2015 será um ano desafiador e as coisas vão começar a melhorar a partir de 2016 afirma Antanázio dos Santos.
Segundo ele, em função da inflação o consumidor está mais cauteloso. Passou a fazer uma compra mais abastecedora no início do mês para evitar preços mais caros. Também está procurando preços mais acessíveis.
Empresário Zefiro Giassi, presidente da rede de supermercados Giassi, observa que o consumidor continua comprando os alimentos necessários no dia a dia, mas com algumas modificações focadas em opções mais baratas. João Batista Lohn, da rede Imperatriz de supermercados, diz que o consumidor não deixou de comprar o básico, mas está procurando economizar um pouco nos itens supérfluos, sem abrir mão do que gosta mais. Ele acredita que a inflação e a alta do IPTU em Florianópolis estão influenciando isso. De acordo com a empresária Rosângela Saquete, da rede Hippo, os clientes estão fazendo compras com ticket médio menor, mas aparecem mais vezes nas lojas.
A impressão é que essa falta de confiança no futuro é uma nuvem que vai passar, diz ela. Um dos mais otimistas é o empresário José Kock, presidente da rede Koch, que atua mais na região do Litoral Norte. Ele projeta crescer 15% este ano.
Diário Catarinense – SC