Acredite: mesmo em épocas de inflação em alta, é possível manter o consumo com algum alívio para o bolso. Para driblar a alta dos preços que em 12 meses chega a 8,17% , no entanto, o consumidor deve ficar atento às promoções, descontos e oportunidades. Para isso, é fundamental usar a criatividade e ser flexível.
Em tempos de crise, o consultor financeiro Carlos Eduardo Costa explica que é preciso ser versátil. Uma estratégia de economia, sem muito esforço, é a utilização dos pontos do cartão de crédito, por exemplo, para substituir o eletrodoméstico com defeito.
Os restaurantes e bares sempre têm promoções em épocas de menor movimento. Por que não aproveitá-las?, aponta o consultor.
Pague menos
No Bar Ideal, na Savassi, a promoção dose dupla é sucesso. Nela, o consumidor paga metade dos chopes (R$ 6,70) e caips (R$ 13,50) que consumir, de segunda a sexta-feira, no happy hour. A casa está sempre lotada, mesmo em épocas de crise. A promoção atrai, diz o gerente, Lenilson Marques.
Na noite também é possível se dar bem, desde que haja um mínimo de programação. O promoter e preparador físico Luiz Arantes explica que todas as casas noturnas possuem a famosa lista amiga.
Com o nome nela, o cliente costuma pagar metade do valor cobrado e transformar a outra em consumação. Ou seja, se o ingresso é R$ 100, a pessoa paga R$ 50 e consome R$ 50. Basta ligar para a casa antes, ou descobrir quem é o promoter, diz Arantes.
Quem prefere um cinema também tem boas opções. De segunda a sexta-feira, a rede Cinemark oferece a sessão desconto, sempre às 14h. Nela, o cliente para apenas R$ 6. Estudantes, clientes cadastrados no Vivo Valoriza e usuários do cartão Bradesco Crédito pagam R$ 3.
Com essa promoção, vou ao cinema pelo menos duas vezes por mês. Às vezes, mais. Fico por dentro de tudo o que está em cartaz e gasto pouco, comemora a oficial de Justiça Nara Abreu.
Na arara
Atenta a novidades e às demandas do mercado, Margareth Elisei é exemplo de quem se deu bem ao investir em um negócio inovador, baseado na necessidade da consumidora de manter o glamour sem estourar o limite do cartão.
Há dois anos, ela inaugurou o Armário Compartilhado, uma loja de aluguel de vestidos bem diferente. As pessoas trazem o vestido delas e eu alugo. Quando o vestido é alugado, a dona recebe 35% do valor negociado, explica.
A aposta deu certo. Iniciada com 26 vestidos, hoje a Armário Compartilhado já possui 480 peças, cujos valores de aluguel giram entre R$ 180 e R$ 800. Dentre as vedetes da casa, há roupas de marcas conhecidas, como Patrícia Nascimento e Patrícia Bonaldi. Há peças nas quais as proprietárias pagaram até R$ 14 mil, mas usaram pouquíssimas vezes, afirma Margareth.
A dentista Gabriela Marçal encontrou na loja uma forma de ir sempre muito bem vestida aos eventos, sem gastar muito. Não é como nas lojas de aluguel, com vários modelos iguais. Na Armário Compartilhado, cada um tem uma história, justifica.
E ela fala com conhecimento de causa. Além de utilizar o serviço da loja, Gabriela tem dois vestidos compartilhados. Por um, ela recebe R$ 60 sempre que ele é alugado. Pelo outro, R$ 200. Vou me casar em breve. Todo dinheiro que entra ajuda, comenta.
Barganhe com as operadoras de cartões de crédito, de celular e até no varejo, Carlos Eduardo Costa Consultor Financeiro
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