No Seminário de Investimentos NOVAREJO, mostrou as possibilidades e caminhos a percorrer
Seja qual for a forma de se financiar, em geral as empresas precisam de tempo para se adequar às modificações. Cristina Pereira, diretora de desenvolvimento de empresas da BM&F Bovespa, acredita que estamos passando por um período de arrumar a casa, mas não pode ser de forma mito acelerada. Se fizer correndo vai aumentar os custos e o choque cultural pode ser traumático e gerar frustração, afirmou.
Esse foi um dos pontos discutidos no painel sobre as estratégias para acelerar a expansão das redes varejistas, no Seminário de Investimentos NOVAREJO.
Existem algumas formas de crescer no varejo: o qualitativo e o quantitativo. Algumas empresas optam por ganhar muita escala e muitas vezes não se preocupam com a qualidade do desempenho.
Sandoval Martins, CFO do Buscapé Company, falou sobre o novo momento da empresa. Há dois anos mudamos a estratégia. Nosso foco não é mais crescer, agora é estamos buscando rentabilidade, contou. Martins afirmou que abrir o capital da empresa é um processo de transformação.
Faturamento não é lucro, afirmou Marco Tulli Siqueira, head de equity da Tullet Prebon Brasil Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. É bom ter escala, mas o crescimento da empresa deve ser saudável, completa.
De acordo com Jean Passos, diretor administrativo financeiro do Giraffas Administradora de Franquias, o momento atual é oportuno para captar investimentos. Os investidores estrangeiros olham o mercado brasileiro com bons olhos, porque eles visam o longo prazo. Não importa o tamanho da empresa, o que eles levam em consideração é a geração de caixa atual e as projeções, explica.
Segundo Cristina, mais de 40% das empresas que chegam à bolsa de valores passaram por um private equity (investimento financeiro). A especialista disse que tem espaço na bolsa tanto para empresas pequenas, quanto para as maiores e citou o exemplo da Magazine Luiza, que chegou com um faturamento já alto, e a Lelis Blanc, que tinha faturamento baixo e está se desenvolvendo bem.
Independente da forma de crescimento o varejista deve pensar e incorporar a tecnologia. A tendência é o comércio eletrônico, não vai dar para fugir disso, afirma Sandoval. O e-commerce é um canal de distribuição importante e o futuro é a integração do varejo on e off-line, conclui.
Revista No Varejo on-line – SP