08/05/2015 às 05h00
Por Marina Falcão | Do Recife
A fabricante de sucos pernambucana Ebba, dona das marcas Maguary e Da Fruta, prevê alcançar faturamento de R$ 724 milhões este ano, alta de 15% sobre 2014. Para driblar o momento de retração do consumo, pretende dar continuidade à estratégia de lançamentos e diversificação de embalagens, perseguida nos últimos três anos. Umas das principais apostas da empresa para o ano é a embalagem pet de 1,5 litro, que chega ao mercado agora em cinco variedades de sucos da marca Maguary. “Foi uma demanda que identificamos por meio de pesquisas. O consumidor queria uma produto em uma embalagem de maior volume”, afirma Fábio Levalessi, diretor comercial da Ebba. No Brasil, onde a principal concorrente das marcas da Ebba é a Del Valle, da Coca Cola Company, o setor de sucos usa principalmente a embalagem cartonada. “O suco em pet é uma tendência nos Estados Unidos”, afirma o executivo. Outro lançamento da companhia, que já está no mercado, é o suco concentrado em embalagens de 200 ml, que pode ser diluído em água de acordo com as necessidades de cada consumidor. Fundada em 2009 a partir da junção das marcas Da Fruta e Maguary (que estava até então sob gestão da Kraft Foods), a Ebba é controlada por um grupo de membros da família Tavares de Melo. A família forma um grupo empresarial que possui ainda negócios nos ramos de combustíveis (postos Ello), shopping centers e imobiliário. De 2011 para cá, a Ebba investiu R$ 90 milhões na modernização do parque produtivo, hoje composto por duas fábricas no Ceará e mais duas em Minas Gerais. No mesmo período, a empresa lançou mais 200 produtos. Por enquanto, o engarrafamento em PET ocorrerá apenas nas unidades de Minas Gerais. Este ano, conta Levalessi, a Ebba investirá mais R$ 10 milhões em capacidade e outros R$ 15 milhões em marketing. Por conta dos lançamentos, a companhia deve conseguir aumentar em 20% o seu volume de produção, que foi de 200 milhões de litros de suco no ano passado. Em 2014, a Ebba teve lucro líquido de R$ 3,7 milhões, quase um terço do ganho registrado no ano anterior. O recuo ocorreu devido ao crescimento de despesas operacionais e à piora do resultado financeiro, que retirou R$ 27,7 milhões do lucro operacional (R$ 32,66 milhões).
Valor Econômico – SP