30/04/2015 | 09:18 – Atualizado em: 30/04/2015 | 09:18
Com mais cinco unidades previstas para este ano, a empresa prevê crescer 20% em 2015. No ano passado, faturamento foi de R$ 960 milhões
Rio – Não é mais só de frutas, legumes e verduras que vive a rede capixaba Hortifruti. Os tradicionais itens do sacolão, apesar de ainda serem responsáveis por mais de 50% do faturamento da empresa em 2014 de R$ 960 milhões , hoje dividem as gôndolas com um crescente número de produtos de açougue, mercearia e frios, além de sucos naturais, ingredientes para o cliente montar sua salada e até as famosas paletas mexicanas.
E é justamente essa diversificação de portfólio atualmente já são mais de 3,5 mil itens combinada a um forte plano de expansão por Rio, São Paulo e Espírito Santo, que vão ajudar a rede a superar a meta de faturar mais de R$ 1 bilhão em 2015. O Hortifruti planeja cinco nova unidades ainda esse ano, sendo duas no Rio, outras duas em São Paulo e mais uma no Espírito Santo, seu estado de origem.
Ano passado foi um ano muito bom. E também tivemos um primeiro trimestre de 2015 positivo, atingindo nossos planos. A tendência daqui para frente é continuar a crescer e a gerar empregos, diz o CEO da rede, Antero de Filippo Junior. Segundo ele, a cada inauguração são geradas cerca de 140 vagas diretas.
A crise econômica que o país atravessa parece não assustar a empresa, que cresceu 14% no ano passado, com o benefício, ressalta o CEO do Hortifruti, do amadurecimento das lojas inauguradas ao longo de 2012 e 2013.
O cenário econômico brasileiro já mostrava desde o ano passado que o primeiro trimestre deste ano seria difícil, com previsão de queda do PIB. Mas nós crescemos mais do que a inflação no primeiro trimestre, próximo de dois dígitos. É um índice muito bom. Acho que poucos varejistas tiverem uma expansão assim, pondera o executivo.
Além da consolidação nos mercados de Rio de Janeiro e São Paulo, que Filippo ressalta ainda terem muito espaço para crescimento, no horizonte da empresa estão outros projetos, como o lançamento de uma marca própria uma tendência de mercado. A expectativa é que a novidade chegue nos próximos dois anos.
De acordo com o CEO do Hortifruti, o foco serão os perecíveis e a mercearia, esta última uma área que está em pleno desenvolvimento pela empresa e deve receber, em breve, mais de 80 novos produtos, todos voltados para os setores de orgânicos e linhas diet/light.
Já temos algumas propostas para o desenvolvimento da marca própria. Os fornecedores vêm nos procurar. Mas temos o cuidado de não colocar a nossa marca em nenhum produto que não tenhamos a certeza de garantias de qualidade e de abastecimento, ressalta.
O Hortifruti, que hoje tem a maior parte das lojas concentradas no estado do Rio, também planeja, no longo prazo, a chegada em outros mercados. Segundo Filippo, estados como Minas Gerais e a cidade de Brasília já foram mapeados para uma possível expansão.
Primeiro, temos que nos consolidar no Rio e em São Paulo. As lojas de São Paulo já tem a maior taxa de crescimento da empresa. Estamos muito satisfeitos. Sempre crescemos de forma sustentada e vamos continuar dando passos do tamanho das nossas pernas, diz. A entrada em um estado estratégico não se dá em um ou dois anos, tem que ser pensada com muita antecedência, completa ele.
O CEO do Hortifruti diz considerar a abertura de capital um caminho inevitável, mas prevista para o longo prazo. Por enquanto, a rede descarta a entrada de um novo sócio e todas as lojas novas são planejadas com capital próprio. Abrir capital sim, mas nosso plano é futuro. É um processo longo, mas é natural para uma empresa que quer crescer, desenvolver e chegar a outros estados, ressalta.
Com 26 anos, o Hortifruti tem hoje 31 lojas, mais de 600 fornecedores e 5,5 mil colaboradores. A rede possui ainda dois centros de distribuição em Cariacica (ES) e Duque de Caxias (RJ), além de operações no Ceasa (RJ) e Ceagesp(SP).
Brasil Econômico on-line – SP