26/03/2015 Erica Ribeiro Grupo deve aproveitar o cenário econômico brasileiro para investir em expansão da rede O CEO do Grupo Carrefour Brasil, Charles Desmartis, deve aproveitar a atual situação econômica brasileira para investir na expansão local. Até mesmo os hipermercados, que andaram patinando, podem ganhar novas unidades. Isso, em parte, graça aos resultados do Carrefour Nova Geração, projeto que tem foco no entendimento do trajeto que é feito pelo consumidor dentro de uma loja de grandes proporções. É um conceito mais clean, que respeita o percurso do cliente, oferecendo maior visibilidade das mercadorias e mais produtos como verduras, legumes e frutas. Vamos modificar 20 lojas este ano, chegando a 60 até 2016, diz Desmartis. O grupo tem hoje 102 hipermercados em funcionamento no Brasil. Os hipermercados estão voltando a crescer e estamos felizes com isso. O desenvolvimento da logística é importante neste resultado, disse ele, sem revelar o número de novas unidades que estão sendo avaliadas. Na semana passada, o executivo esteve reunido com o comitê de investimento do grupo no Brasil, que apresentou cinco ou seis novos projetos para a abertura de lojas de vizinhança no país. Hoje, são apenas quatro, todas em São Paulo. E a capital paulista deverá continuar sendo, pelo menos por enquanto, o destino das novas filiais. A ideia é ter este ano de 3 a 4 lojas de proximidade com cerca de 200 metros quadrados. Em outros estados que não São Paulo temos estudos para lojas com formato Express, como nas estações de metrô no Rio de Janeiro, mas tudo ainda está em fase de estudos,continuou Desmartis. As lojas de proximidade fazem diferença no Brasil. Não descartamos ter formatos de conveniência, com cerca de 90 metros quadrados, mas isso ainda vai levar alguns anos para sair do papel, completa ele, que não acha que no Brasil o modelo de franquia para lojas de proximidade aconteça rapidamente. Quanto ao Atacadão, a previsão é de dez a 14 lojas no Brasil sendo inauguradas este ano. Atualmente, são 110 em funcionamento. O formato de atacado ajudou nos resultados do grupo e Desmartis acredita na evolução deste modelo. É um formato que se adapta a qualquer estado, principalmente no Nordeste do Brasil. A concorrência está crescendo neste segmento. No caso do Supeco [marca nascida na Espanha em 2012, inspirada no modelo do Atacadão brasileiro, mas com apenas uma loja no Brasil vamos abrir mais lojas também, neste e nos próximos anos, mais concentradas nas capitais, completa ele, sem revelar o número de lojas previsto pela varejista francesa. Quanto ao e-commerce, que deverá ser reinaugurado no Brasil no segundo semestre deste ano, Desmartis foi mais comedido e se limitou a dizer que é um projeto importante para o grupo no país, mas que não é possível ainda dar detalhes. O executivo, que não revela números, afirma que para os investimentos que o grupo se programou para executar no Brasil neste ano não será necessário fazer a abertura de capital da operação local. O IPO será para quando todas as condições para que isso aconteça estejam reunidas, tanto internamente na companhia como no Brasil, enfatizou.
Brasil Econômico – SP