Novo levantamento da empresa de pesquisa GfK a pedido da Abrasce Associação Brasileira de Shopping Centers revela o perfil do frequentador dos centros de compras no Brasil. O estudo tem como objetivo conhecer o perfil demográfico e características de hábitos e atitudes de quem visita os shopping centers no país. Em 2012, a pesquisa foi realizada nas cidades de Brasília, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Pela primeira vez, foi incluída uma capital da região Norte (Belém PA), única localidade que ainda não fazia parte do levantamento. A cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, também passou a ser avaliada, como representante das cidades do interior.
Entre os principais destaques, a pesquisa aponta um aumento no percentual de frequentadores jovens com menos de 29 anos nos centros de compras e, ao mesmo tempo, um recuo na faixa acima de 45 anos. Ainda de acordo com a pesquisa, 56% do público frequentador é do sexo feminino e 44% masculino, variável que pouco se alterou desde o início do levantamento, em 2006.
O interesse da classe média pelas compras em shopping vem aumentando nos últimos anos. A pesquisa realizada pela Gfk apontou um aumento no percentual de frequentadores pertencentes à classe C/ D, que saltou de 24% em 2012 para 30% em 2014. O levantamento mostrou ainda que 53% dos frequentadores são de classe B, contra 17% de classe A. Em 2012, data do último levantamento, o público de classe A representava 22% desta fatia.
A visita ao shopping continua fazendo parte da rotina semanal dos entrevistados. 63% dos frequentadores declararam visitar o shopping ao menos uma vez por semana e 37% fazem visitas quinzenais ou mensais. A média por frequentador é de 7 visitas por mês, ou seja, quase duas vezes por semana.
O tempo médio gasto dentro do shopping é de 76 minutos (em 2012, o tempo foi de 73 minutos). Destaque para os baianos que passam mais tempo dentro do shopping que os demais participantes da pesquisa: 98 minutos. A maioria das pessoas (58% dos entrevistados) saem de suas casas para ir ao shopping, demonstrando que a visita é planejada.
De acordo com o levantamento, a principal motivação ainda são as compras. 40% dos consumidores declararam ir ao shopping para fazer compras; 12% procuram serviços, lanchonetes, restaurantes ou cafés; 11% para ver vitrines; 9% para encontrar pessoas; 7% para pagar contas em lojas; 4% vão ao cinema e ou passear e 5% alegaram outros motivos.
O hábito de consumir em praças de alimentação, restaurantes ou cafés nos shoppings continua crescendo. Dos entrevistados em 2014, 43% foram à praça de alimentação, contra 40% em 2012. Destaque para Porto Alegre (48%), Rio de Janeiro (48%) e São Paulo (46%). Ainda, o hábito de consumir na praça de alimentação está bastante relacionado às idas ao cinema. Dos 43% que declararam ter se alimentado durante a visita ao centro de compras, 60% tinham como principal motivação ir ao cinema.
Cerca de 8 em cada 10 frequentadores (83%) têm o hábito de ir ao cinema no shopping. Neste ano, a pesquisa aponta um crescimento no percentual de frequentadores que compram ingressos pela internet (11%) e em totens de autoatendimento (12%). Em 2012, estes índices correspondiam a 8%, em ambos os casos. Apenas 21% do público do cinema vai exclusivamente para assistir filmes. A maioria (72%) vai à praça de alimentação e 40% passam em lojas.
O gasto médio em 2014 foi de R$ 164,00, contra R$ 161,23 em 2012.
O levantamento registrou ainda um aumento acentuado de compradores em 2014. Dos entrevistados, 60% afirmaram terem feito compras, contra 45% registrados em 2009. As praças que mais impulsionaram esse movimento foram Salvador (75%) e Belo Horizonte (70%).
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