29/12/2014 Gabriela Murno De obras de arte, malas e bolsas de grife, locação desponta como uma opção mais barata e sustentável De carona no crescimento da renda do brasileiro, o mercado de aluguéis avança em segmentos nada tradicionais por aqui, mas já comuns em outros países do mundo, como bolsas de luxo, malas e até obras de arte. Entre os pontos que têm levado o serviço a se popularizar estão a possibilidade de utilizar produtos diferentes, economia de espaço e até um consumo mais sustentável. À frente do projeto apArt Private Gallery que fica no seu apartamento em São Paulo , Thais Marin se inspirou em uma viagem à São Francisco, nos EUA, para criar uma galeria que aluga obras de arte. Por que não dar oportunidades para artistas que produzem muito e ficam com suas obras estocadas, ou para pessoas que gostam de arte, mas não têm como comprar, ou até colecionadores que alugam espaços para armazenar seus quadros?, comenta. Segundo Thais,os alugueis custam de 5% a 10% do valor das obras e atendem também os clientes que querem testar se as obras combinam com os ambientes. O tempo não é determinado, varia de acordo com a necessidade do cliente, que pode decidir comprá-la depois, ou pode levá-la apenas para uma festa, entre outras coisas. Mas é um negócio muito recente no Brasil, começamos em abril e não conheço outra empresa que faça o mesmo que nós por aqui, diz a empresária. Apesar da galeria ficar em São Paulo, explica ela, há a possibilidade de enviar as obras que já saem da galeria seguradas para outros estados de todo o país. Queremos atingir um público de 30 a 40 anos, que já frequenta a galeria. Temos, por exemplo, o pequeno empresário, que está com a carreira em ascensão e começa se interessar por arte. Gostaria que o mercado de arte se voltasse para isso, diz Thais, casada com um artista plástico e que se inspirou no alemão Christian Boros para criar uma galeria de arte em seu apartamento. Passando por uma reestruturação, a GetMalas, do empresário Tiago Santiago Botelho, ajuda clientes, por diárias a partir de R$8, a encontrar as malas para viagens sem ter que comprá-las. Os aluguéis são feitos pela internet a loja física foi fechada em agosto deste ano, pelos altos custos de manutenção. A ideia de montar o negócio veio de uma necessidade especial do próprio Botelho: Moro em um apartamento de 40 metros quadrados super compacto, e notei que tinha uma mala gigante, trazida dos Estados Unidos, que não usava há dois anos. Hoje, explica ele, são cerca de 90 malas, de 15 modelos, disponíveis no site, voltado para o público AB de Minas Gerais. Engrossam a lista de itens que podem ser alugados as bolsas e vestidos de marcas internacionais. Há cerca de um ano e meio, a advogada Marina Perktold, em sociedade com a amiga Ana Guerra Lages, criou a Madre Store, em Belo Horizonte, que aluga itens que exigiriam alto investimento. O aluguel custa de 10% a 15% do valor original da peça, diz Marina. Segundo ela, o perfil de seus clientes é variado, indo desde mulheres que precisam ir a eventos até aquelas que querem testar os produtos antes de comprá-los. Os itens, acrescenta Marina, são escolhidos por ela em viagens internacionais. Estou sempre antenada nos hits da moda. A oferta é ampla. Basta procurar na web para achar ofertas de locação de iPhones e brinquedos.
Brasil Econômico – SP