20 de novembro de 2014 | N° 17989
MERCADO DE TRABALHO
PESQUISA DO IBGE mostrou que percentual de pessoas desocupadas recuou no país. Geração de vagas foi registrada em quase todos os setores avaliados em seis regiões metropolitanas
A taxa de desemprego no país foi de 4,7% em outubro, a mais baixa para o mês desde o início da série, em 2002, conforme divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual é menor do que o registrado em setembro (4,9%) e em outubro de 2013 (5,2%), segundo a pesquisa realizada em seis regiões metropolitanas em Porto Alegre, ficou em 4,6% no mês passado. A taxa de desemprego média no ano de 2014, levando em conta os meses de janeiro a outubro, ficou em 4,9%. No mesmo período de 2013, o percentual era de 5,6%.
Nesta época do ano, é comum ocorrerem mais contratações, mas, de acordo com o IBGE, o crescimento no número de ocupados na passagem de setembro para outubro não parece ter característica sazonal.
O comércio, setor que mais costuma puxar a oferta de vagas no fim do ano, foi a única atividade a efetivar demissões em outubro, com recuo no número de ocupados de 0,7% em relação a setembro, com a eliminação de 32 mil vagas. Os demais seis setores pesquisados tiveram resultado positivo, elevando a quantidade de ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do país em 0,8%, o equivalente à criação de 175 mil postos.
O aumento da ocupação ocorreu de maneira espalhada nas diversas áreas econômicas do país, com redução do número de pessoas na fila do emprego explicou Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
RENDA MÉDIA SOBE 2,3% E ATINGE MAIOR NÍVEL
Apesar do desempenho mais favorável no mercado de trabalho na passagem de setembro para outubro, de um modo geral o comportamento da ocupação tem se mantido estável ao longo de 2014, segundo Adriana. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a taxa de desemprego vem se reduzindo significativamente, mas ainda puxada pela diminuição da fila do desemprego e pelo aumento no número de inativos, completou a técnica do IBGE.
Outro resultado inédito registrado pela pesquisa de outubro foi a renda média do trabalhador: R$ 2.122,10, o maior nível desde 2002. A alta foi de 2,3% em relação a setembro. Na comparação com outubro do ano passado, o crescimento foi de 4%. A técnica do IBGE não soube informar se esse ganho, principalmente em indústria e serviços, teve relação com a data-base de reajustes de alguma categoria profissional.
Zero Hora – RS