Empresas brasileiras devem voltar a receber investimentos de private equity

As empresas brasileiras devem voltar a entrar no radar das empresas de Private Equity que buscam expansão em países emergentes. O Brasil recebeu quase a metade de todos os investimentos de Private Equity da América Latina entre 2008 e 2015, mas perdeu os investimentos durante a recessão econômica.

A estimativa foi feita pelo The Boston Consulting Group (BCG) e apresentada no relatório Private Equity Strategies for Brazil’s New Economic Reality. A publicação prevê melhoras consistentes da e economia, baseadas principalmente nas reformas apresentadas pelo governo.

“Essa combinação de fatores coloca o Brasil no ponto ideal para empresas dispostas a investir em economias emergentes. Durante a próxima década, o país vai oferecer uma oportunidade rara para empresas globais que desejam adicionar mercados emergentes em suas carteiras e também para empresas locais que querem intensificar os seus investimentos aqui”, explicou por nota Heitor Carrera, sócio do BCG e um dos autores do relatório.

Melhoras econômicas

O BCG estima ainda que, apesar da instabilidade econômica do primeiro semestre deste ano, o PIB brasileiro vai estabilizar em um ritmo de crescimento lento e constante, em média de 1,8% até 2021.

O relatório destacou ainda que embora muitos setores ainda estejam impactados com a recessão econômica, segmentos de consumo, como alimentos e saúde, continuam crescendo em taxas de dois dígitos, com perspectiva de manter o ritmo. Esses dois setores são os principais candidatos para o tipo de estratégia das empresas de PE, segundo diz a publicação.

Dicas

Segundo o BCG, o País possui aspectos únicos como os IPOs escassos e como as empresas são mais propensas a vender companhias de seu portfólio para compradores estratégicos, não financeiros. Por isso, a publicação destacou cinco estratégias que os investidores precisam se atentar antes de entrar no mercado brasileiro.

  1. Olhe além de alvos convencionais – onde a concorrência é forte – e considere investir em empresas em estágio inicial, ou até mesmo o lançamento de novas empresas a partir do zero.
  2. Renove o processo de triagem para um ambiente de crescimento lento. Identifique pequenos bolsões de crescimento ou compre ativos de empresas em dificuldade.
  3. Explore todas as opções para criação de valor. Dado que o crescimento global será mais difícil no futuro, as empresas deverão se concentrar em margens de lucro e outras abordagens.
  4. Traga conhecimentos específicos do setor para a mesa. Em um mercado onde a experiência local é crítica, as empresas precisam construir equipes fortes, que podem fazer as melhorias operacionais necessárias para criar valor em suas empresas de portfólio.
  5. Proteja-se contra a volatilidade da taxa de câmbio da moeda brasileira, definindo, potencialmente, períodos de investimento de longo prazo.

Fonte: Novarejo

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