25/03/2015 às 05h00
Por Katia Simões | De São Paulo
Em meio a dezenas de marcas de paletas mexicanas que se espalharam pelo país no último ano, a Los Paleteros não só marcou território, como cresceu. Saltou de 13 unidades em 2013 para 68 em 2014, com a expectativa de finalizar este ano com 71 novas franquias e um faturamento de R$ 110 milhões. Na visão de Gean Chu, sóciofundador da rede, o sucesso está diretamente ligado ao planejamento do negócio e a escolha do franqueado certo para o ponto certo. “Criamos um modelo de negócio para ser franquia desde a loja piloto”, afirma Chu. “Além disso, centralizamos a produção das paletas em duas fábricas próprias no Paraná, a fim de tornar a operação do ponto de venda o mais simples e ágil possível”. A decisão, porém, exigiu investimento mais parrudo da franqueadora em logística, mas tem funcionado. Com relação aos franqueados, Chu destaca que foi obrigado a colocar limites para a abertura de várias unidades por um mesmo empreendedor. “Fixamos esse número em 10% do tamanho da rede, o que tem o maior número de lojas hoje, administra sete”, afirma. Chu reconhece, porém, que 2015 será um ano de depuração para as redes especializadas em paletas mexicanas. “O terceiro ano é crucial para todas as empresas, no franchising não é diferente”, garante. A Los Paleteros, porém, leva uma vantagem: faz parte do segmento de franquia que registra crescimento contínuo nos últimos anos o da alimentação fora do lar. Um ramo que, na visão dos especialistas, tende a continuar forte, mesmo com a economia em baixa. Tratase de um mercado que movimenta anualmente mais de R$ 116 bilhões e cresce a uma taxa média de 14,7% ao ano. De olho nesse universo, a Creps, aberta em 2009, iniciou seu processo de franquias em 2013, depois de um planejamento bem apurado. “Apesar da economia já dar sinais de desaquecimento, decidimos seguir os planos à risca, diminuindo os custos de abertura e o número de funcionários”, conta Rodrigo Cataldi, um dos fundadores da rede. “Para enxugar a operação, centralizamos a produção na franqueadora, reduzimos o número de funcionários de 17 para 13 e diminuímos a área de loja de 40 m2 para 22 m2 “. Para completar, a rede introduziu no cardápio pratos mais saudáveis e menos calóricos. O resultado foi um faturamento médio mensal por loja de R$ 95 mil. A meta é crescer este ano 10% em número de unidades, hoje na casa das 28. O consultor Denis Santini, CEO do Grupo MDCom, observa que além de alimentação, a tendência é que surjam boas oportunidades nas áreas de serviços, bemestar, educação e saúde. “Os brasileiros demandam cada vez mais por serviços de qualidade& 894; a população está envelhecendo, o que implica uma procura maior por serviços ligados à terceira idade& 894; o mercado exige profissionais mais capacitados e, para completar, a busca por uma vida mais saudável sinaliza uma série de nichos de negócios ainda pouco explorados”, finaliza.
Valor Econômico – SP